Está na hora de acordar os brasileiros para a verdadeira prática do naturismo. Na definição do Aurélio, naturismo é a “concepção daqueles que tudo esperam das forças da natureza” ou “valorização excessiva dos agentes físicos”.
Mas tudo isso é teoria. Na prática, a coisa é outra!
Podemos dizer que o naturismo, ou nudismo, como se prefira, é a filosofia que se baseia num modo de vida em harmonia com a natureza, caracterizado pela prática do nu em grupo, tendo por intenção favorecer o auto-respeito, o respeito pelo outro e o cuidado com o meio ambiente. A prática surgiu na Alemanha e lá, como em outros lugares da Europa, não impõe restrições de qualquer natureza a seus praticantes. No Brasil, essa filosofia, que chegou às terras tupiniquins no final da segunda guerra mundial e se notabilizou pela prática do nudismo, abriga, atualmente, outros conceitos, quais sejam:
Ø Pratica do nudismo em grupo, mas só se esse grupo for formado por casais heterossexuais (casados ou não) e/ ou famílias.
Ø Favorecer o auto-respeito, mas um auto-respeito entre pessoas escolhidas, pois as que não o forem são automaticamente taxadas de pervertidas ou voyeurs, entre elas automaticamente incluídos os “solteiros” (isto é, homens desacompanhados de mulheres).
Ø Respeito pelo outro e cuidado com o meio ambiente, mas, na verdade, não há respeito pelo outro nem cuidado com o meio ambiente. Os “outros” são discriminados, mal vistos e expulsos do grupo por serem solteiros, negros, jovens ou gays. Cuidado com o meio ambiente? Bem, se comer carne vermelha, fazer necessidades fisiológicas nas praias e parques ou jogar lixo no chão forem tipos de cuidado com a natureza, eu e muitos outros precisaremos reavaliar nossos conceitos.
O ponto crucial é o seguinte: o naturismo é uma comunhão entre seres vivos, e não apenas humanos. Há pessoas que abraçam essa filosofia de corpo e alma nus.
O naturismo não é necessariamente uma pratica de casais nem de famílias apenas. Foram pessoas, não casais, nem famílias, nem solteiros que iniciaram essa praticam no mundo. Pessoas que buscavam harmonia com a natureza, auto-respeito, respeito pelo outro e pelo meio ambiente e que por isso – apenas por isso – não se constrangiam com a nudez em grupo. Na verdade, praticavam a nudez de que a natureza cobre as espécies biológicas, inclusive a humana.
A distorção surge porque, culturalmente, as pessoas de nossa matriz civilizacional associam nudez com sexo, e sexo com pornografia. Nossa cultura imagina que a exposição dos órgãos que participam do processo de reprodução humana – a genitália, no homem e na mulher, e os seios, órgãos de amamentação, na mulher – são vergonhosos. Prova disso é a denominação eufêmica de “partes pudendas” ou a explicita e escandalosa descrição do primeiro cronista da história do Brasil, Pero Vaz de Caminha, narrando ao rei de Portugal que as índias, sem qualquer constrangimento, não ocultavam “suas vergonhas”.
Essa deformação cultural contamina os adversos ao naturismo, que o consideram simples “pouca vergonha”, e os que se dizem naturistas mas atribuem interesses sexuais (e, portanto, pornográficos) ao homem que esteja em um ponto de nudismo e não se faça acompanhar por sua própria mulher, sabe-se lá adquirida, como: no altar, no cartório ou no meio da rua.
Os defensores da “naturalidade” desse raciocínio ou se apóiam na sabedoria popular declaradora de que “o bom julgador julga por si” ou replicam sem pensar os superados padrões culturais que vêem, na mulher, sobretudo um objeto de desejo que o homem descontroladamente cobiça. Assim só casais devem compartilhar um local de nudez, para evitar que um homem tenha a mulher de sua propriedade cobiçada por outro homem. Evidência desta atitude moralmente depreciativa para o comportamento humano é a aceitação, para esses grupos mal orientados, de mulheres desacompanhadas (e, portanto, “públicas”) mas não de homens desacompanhados – os “predadores” em potencial.
Texto: Jhonas Araújo
Na verdade o despertador já tocou muito tempo atrás e continuamos naquela cochilada básica, pois bem melhor ficar na tranqüilidade do que levantarmos e enfrentarmos o dia-a-dia e o que vem pela frente.
O mundo se moderniza, a cada dia os hábitos e costumes evoluem, o que era ficção científica no século passado hoje é realidade, e o que era moderno não passa de lembranças!!!
Temos de parar de viver o passado e voltar nossa atenção para o futuro !!! É preciso modernizar, é preciso acordar mesmo e ver que muitas de nossas convicções caíram por terra e se faz necessário um novo olhar sobre velhos assuntos.
No naturismo não é diferente ... temos que rever idéias e conceitos que foram estabelecidos anteriormente e adaptarmos de acordo com a nossa realidade !!!
Acorda Brasil ... e principalmente acordem naturistas brasileiros !!! Paramos de sonhar com o naturismo fora do país e vamos fazer esse sonho realidade aqui – onde vivemos e partilhamos,
O fato de gostar de ficar nu não caracteriza que a pessoa tenha e haja dentro dentro de uma consciência naturista!
Espero que este tipo de iniciativa tem repercursão e que mais e mais pessoas deixem de estar equivocadas!!!
Venho aqui deixar minha humilde e singela opinião, pois ao colocarmos nossas idéias neste blog tenhamos a certeza que 90% dos naturistas não vão ler e os 10% restante vão falar que isso é besteira; acordar eles nunca vão fazer isso pois é muito cômodo ficar em uma praia linda com sua família vendo mulheres nuas passarem, pois afinal de contas as mulheres solteiras podem freqüentar este tipo de lugar sem problema nenhum..
E dizer que isso é naturismo na verdade é ser muito hipócrita ....
Seria sim naturismo se eles permitissem qualquer tipo de pessoa tanto as solteiras como as casadas, heterossexuais,homossexuais, vestidos ou não e mesmo sem o dito cujo passaporte , pois criar lugares separados também nas praias deixando os solteiros isolados em lugares que são evidentemente os piores também não é sinal de amadurecimento dos naturistas e si um ato de tentar limpar a má impressão que eles deixam para com os demais.
Infelizmente eu estive tentando entrar em um grupo por mais de 5 anos e nunca consegui e hoje após outros 5 anos de desistência descubro que o grupo está prestes a acabar, daí penso será que depois de 10 anos eles não aprenderam nada e por isso as pessoas vão saindo ou os mais novos deixam de ir justamente porque não tem mais míngüem no grupo e com isso ele finda ao fracasso...
Os naturistas não acórdão, os naturistas que aceitam as novas idéias são aquele que entrarão recentemente ou não tiveram tampo de serem contaminados com o preconceito alheio...
Creio eu que dever-se-ia criar uma nova filosofia cujo nome seja ele qual for mas que comece livre dos preconceitos e aberta a novas opiniões e desacorçoes que se faça necessário para torná-lo o mais humano e natural a todas as pessoas.
Pode parecer utópico mas se não for reescrito sempre abrira uma margem para qualquer um adaptá-La ao seu bel prazer asma como as atuais convenções de grupos naturistas.